quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Melodia

O som do vento na porta,
A tristeza do coração partido,
A nota mais alta do choro,
Agonia.

Eu sou apenas o acorde.
Toco com as notas que
A vida me traz,
O tempo me ensina!

Eu sou o seu instrumento algoz,
Sou sua perda de tempo.
Sou seu carrasco.
Sou sua lâmina mais afiada...

Sou o tudo e o nada.
Sou aquilo que está por vir.
Sou aquilo que se foi;
A confiança perdida...

Na verdade, sou a confiança nunca tida.
Sou a palavra não acreditada proferida.
Sou o amor não confiado,
Sou sua doce melodia...

Sou a Loucura que te acomete, que te faz pensar que um dia, feliz seria!
Sou aquilo que rir de si e de mim!
Sou aquilo que sempre fui, o amargo do doce, a falta na presença, o tudo que poderia e que não seria, pois sou eu quem decide, se é o que quero, e quando quero!

Sou você quando não quer que eu seja e não o sou quando bem me aprouver!
Sou a indispensável!
Sou sua essência!
Sou a Loucura!
Ha Ha Ha!!!!!!!!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vozes

As vozes que dançam e cantam em volta de si, sou eu!
Quem mais poderia ser?
Sou aquela que te acompanha em todos os seus momentos, sejam eles de alegria ou de tristeza!
Sou o perfeito equilíbrio da desordem, o caos instaurado!
Sou quase tão perfeita quanto a imperfeição que te permeia!
Sou simplesmente a ausência do seu ser quando mais dele precisa!
Eu, a Loucura, sou a razão num dia de chuva, no vento frio que te abraça, na noite escura e calada que cai!
Por que acha que não sou digna?
Por que acha que não devo lhe acompanhar?
Sou sua mais fiel companheira!
Sou o tudo e o nada!
Sou simplesmente eu, e você me ama e deseja-me assim!
Sem cobranças, sem receios, sem medos, só certezas!
Sou a certeza da esquina escura na madruga, sou o a desgraça antecipada, a alegria no sorriso sem dentes o andar que falta uma perna, o abraço sem um braço!
Sou a ferida que expõe a vida!
Sou o soluço no frio!
Sou simplesmente a falta que lhe traz o amor no coração!
Sou a dor, o perdão, a ingratidão proferida, a desculpa não pedida!
Sou sua vida!
O gargalhar estridente de olhar esbugalhado, de palavras sem ritmo e da espuma no canto da boca!
Sou o atropelar das ideias, das frases dos sons!
Eu sou simplesmente eu, sendo você!

A mão no seu ombro no silêncio da noite!

Espera que eu ajude a você?
Por que espera isso?
Não vê que você somente perde tempo no frio da manhã e na escuridão da noite?
Eu sou mais do que pode entender, e você não é nada mais do que o vento soprado, a água derramada, enfim, apenas um circunstância vivida!
Não espere que eu ajude você além do que você merece ser ajudado!
Eu apenas sou a ponte entre você e minha razão, que nada mais é que o caos instaurado!
Não tente pensar, não tente agir se não por meio de mim!
Eu sou o caminho, a verdade, a vida, mas não sou seu Cristo, sou a Loucura, sua companheira fiel!
Sou tudo aquilo que você despreza, mas sou tudo aquilo que você tem!
Como o fogo que queima, o frio que não te deixa dormir, sou a peste que se espalha e não escolhe ninguém!
Sou o tudo que passou e o nada que há de vir!
Sou simplesmente o que você precisa pra se tornar o nada que sempre será!
No silencio da noite, da madrugada, sou a mão fria que toca seu ombro e que o faz sentir o frio, a dor, a vida diante da morte!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A Maldição

Sou a maldição do tempo, Sou o carrasco de toda e qualquer forma de vaidade!!!
Sou aquela que tudo quer, nada tem, tudo consegue e que em si, perde-se e encontra-se!
Sou o leite materno, a pedra no caminho, a mosca na sopa!!!
Sou eu quem primeiro vê, quem primeiro esquece!!!
Não tentem entender-me 
Sou simplesmente a dor do parto, a dor dos rins!!!
Sou eu quem simplesmente movo o ente, mas não sou potência!
Não queira entender-me, não pode, não vai conseguir, apenas aceite-me!!!
A maldição que paira sobre suas cabeças, sobre seus corações e sobre suas almas é vontade minha de estar, de ser, de ficar, seja através da experiência ou da descrição, fazer-me presente em si e em mim por todo o sempre, in saecula saeculorum !!!
Não tente, nem ouse questionar-me!
Questione-se, mas eu assim não o faria, pois é tudo o que precisa, reflita apenas, decida apenas e se errado estiver, não há mais nada a fazer, apenas aprender!!
O homem esqueceu de aprender, esqueceu de ser e apenas apegou-se a ter!!!

sábado, 25 de outubro de 2014

Pros Infernos!!! Tirésias

Pro diabo todos vocês!!

Nem a peste negra, nem suas guerras derrotam-me!!
Sou onisciente, onipresente, onipotente!!
Não há como escapar de mim!
Sou tudo aquilo que duvida, sou o que faz você hesitar e mergulhar de cabeça no que não acredita ou pouco acredita. Não há como mover-se sem mim.
Sou responsável por todas atrocidades e por todas as belezas que pode produzir.
Enquanto você não entender que por meio de mim, pode sentir o calor a vibração o valor da descoberta, não será ninguém!!!
O mundo, tornou-se globalizado pela minha vontade!
Os Portugueses não tinham por onde escapar; por onde andar, se não fossem por mim, seriam o pouco que infelizmente são hoje em dia!
E não falo isso para ofendê-los, pois são descendentes direto do grande Odisseu, ou Ulisses como vocês queiram chamá-lo!!!
Por meio de mim, tudo o que hoje há, começou há muito com eles. Eles tornaram o mundo um lugar pequeno, com sua coragem, com sua ousadia, com sua vontade de morrer por algo maior!!!
Pena que se esqueceram de quem são, de quão importantes e valoroses são e hoje talvez nem pra si o sejam!
Eu, não só por meio deles me fiz, mas de outros à volta. Tudo fui e tudo sou, só que tudo fora um dia de forma mais voraz e veemente!!!
Hoje, como eles sou, e sempre serei, porém, preciso que busquem, não o Oceano, mas a mente humana, os sagazes, os vorazes!!!
Questionem-se, desafiem-me!! Soltem-se!!!
Arrisquem-se!!!!


sábado, 18 de outubro de 2014

Por que?

Por que pensa que pode entender-me ou entender a si mesmo?
Teoricamente poderia entender o que quer que fosse.
Tudo é muito simples e tudo é muito vago.
Somos vagos. Até eu mesma em mim mesma, na plenitude da loucura que sou, sou falha.
Não há como se deparar comigo e tentar entender-me.
Sou o tudo e o nada.
Não há como nada ser hermético,encerrado em si mesmo. Sou tudo o que posso ser,  assim como posso ser tudo o que posso ser .
A reflexão é a parte mais importante de qualquer fato, situação ou argumento.
E não há  reflexão senão por meio de si. Sou o tudo e o nada, mas você, ser humano é o que há além de mim. Se não é por você, Você não é você. Nem a realidade nem o espelho da mesma, nem ao menos o vil reflexo.
O questionamento, tudo mais que possa acontecer seja você quem for, seja a fumaça do cigarro, seja o tempo perdido ou o mesmo ganho, seja você o alfa ou o ômega, seja você Deus ou o diabo.
Tudo é e resume-se em si mesmo.
Tudo é relativo e a verdade será sempre absoluta.
Eu sou simplesmente sua companhia mais sagaz, sua verdade desmerecida, a tristeza esquecida a maldade proferida, sou o que apenas há, sou a mão fria que te abraça na noite desesperançada.
Sou a loucura na boca de Roterdã e na boca de marques, que ainda não se escreve em maiúsculo, mas em breve será, Marques!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Reflexo

O reflexo no espelho sou eu! Não pode escapar do meu olhar, de fato, eu sou seu olhar mais perfeito, sua silhueta mais contundente e voraz.
Tudo que refletido está, nada mais é que a realidade que não consegue ver. Não digo isso para não confiar nos seus sentidos, digo pois, eu, o espelho, faço grande favor a razão, ou melhor, perdão, ao que chama de loucura.
Não é senão por mim que toda realidade é vista, revista e entendida. 
Não é o caso de estar invertido, eu sou a realidade, sua percepção é invertida.
No caso da Alegoria da Caverna de Platão a realidade seria nada mais nada menos que a cópia da realidade e sim o reflexo, nada mais que a cópia da cópia, contudo, e se a realidade, nada mais for que a cópia e a cópia for nada mais, nada além que a realidade nua e crua?
Quem terá o direito de dizer que a esquerda é a esquerda e não a direita?
Quem pode dizer que a direita na verdade não é a esquerda. O diferencial é decisivo e não há como se estabelecer o ponto de referência, pois assim fazendo-o, admitimos superioridade, primazia de julgamento.
Então o que me diz, eu, o espelho, sou ou não sou uma grande ferramenta da razão, ou melhor da Loucura que torna o homem, homem, senhor de si e não um mero fantoche do acaso, dos deuses, de Deus ou de algo???