Você não é capaz de perdoar nem de amar.
Você simplesmente ignora a compaixão. Escreve sem parar. Livros e mais livros. Escreve mais do que o homem é capaz de ler e reter. Elabora conceitos, teorias, teoremas, cálculos, de tudo faz.
Você usa a verdade para ferir, para se sentir melhor, para se sobrepujar sobre seu próximo.
Você usa tudo isso, e para que?
Para que quer ser melhor?
Para que quer saber a verdade?
Para que usar a verdade?
Para ferir, para destruir, para provar ser o melhor dentre os melhores.
Você não é nada.
Você simplesmente nem de louco pode ser chamado, pois a Loucura, Eu, impulsiono, movo-me e movo a ti, e tu parado em si e em sua verdade sempre estará.
Você não é nada além do nada que nada pode ser senão o nada que sempre será.
Para que deseja tanto?
Para que escreve, reflete, busca e encontra, as vezes o que quer?
Para destruir, para se sentir melhor.
E mesmo assim a Louca sou eu?!
Melhor viver na ignorância com um pedaço de pão, um copo d'água e a paz no coração e a verdade desconhecida, ignorada, do que ser o monstro sovina, onipresente, onisciente, onipotente que tudo prova ser o que deseja que seja. Que fere, que destrói, que mata, que aniquila.
Não é nada senão o nada que é e sempre será, detentor da verdade podre que apodrece não só a ti mas a todos que com ela toca.
Maldito seja, você são, sábio, melhor entre todos e de todos perdição, execrável por todo o sempre!
Amém!
sábado, 27 de setembro de 2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Ser ou não ser?
Essa pergunta, como há muito e demasiadamente investigada por muitos, reflete a indecisão do jovem príncipe Hamlet.
Na verdade, essa pergunta representa ou personifica a dubiedade, a hesitação, que tanto faz parte da natureza humana e portanto da natureza divina, visto a divindade ser nada mais nada menos do que a crença humana em algo extra-humano.
E tomando essa pergunta como base, pergunto eu, Filosofar ou não filosofar eis a questão.
Como fizera há muito a Loucura em elogio próprio, eu, a Filosofia, também peço a sua atenção.
Não importando se contemplamos ou se buscamos, ninguém chega ao Pai, senão por mim, pois eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Desde o início dos tempos, de forma rudimentar ou elaborada e refinada como os Gregos, os Alemães e tantos outros o fazem, é por mim que se vê, que se entende o mundo.
Por que você se julga digno? Por que se julga indigno? É somente por mim que poderá saber.
Ser ou não ser?
Agir ou não agir?
Calar ou não?
Amar ou não?
O caminho sou eu.
Há muito, penso em lhe dizer isso e agora chegou a hora.
Não há momento em que você não tome uma decisão antes de passar por mim.
Eu sou o diálogo, na verdade, sou o diálogo e sou seu interlocutor e assim sendo, verbalizarei tudo daqui por diante, todos seus pensamentos, suas divagações, seus medos e ponderações.
Você não mais se afastará de mim, encontre o Pai ou não, perca-se em si ou não, estarei ao seu lado por toda eternidade da dubiedade e da hesitação.
Professor Ricardo Marques
Na verdade, essa pergunta representa ou personifica a dubiedade, a hesitação, que tanto faz parte da natureza humana e portanto da natureza divina, visto a divindade ser nada mais nada menos do que a crença humana em algo extra-humano.
E tomando essa pergunta como base, pergunto eu, Filosofar ou não filosofar eis a questão.
Como fizera há muito a Loucura em elogio próprio, eu, a Filosofia, também peço a sua atenção.
Não importando se contemplamos ou se buscamos, ninguém chega ao Pai, senão por mim, pois eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Desde o início dos tempos, de forma rudimentar ou elaborada e refinada como os Gregos, os Alemães e tantos outros o fazem, é por mim que se vê, que se entende o mundo.
Por que você se julga digno? Por que se julga indigno? É somente por mim que poderá saber.
Ser ou não ser?
Agir ou não agir?
Calar ou não?
Amar ou não?
O caminho sou eu.
Há muito, penso em lhe dizer isso e agora chegou a hora.
Não há momento em que você não tome uma decisão antes de passar por mim.
Eu sou o diálogo, na verdade, sou o diálogo e sou seu interlocutor e assim sendo, verbalizarei tudo daqui por diante, todos seus pensamentos, suas divagações, seus medos e ponderações.
Você não mais se afastará de mim, encontre o Pai ou não, perca-se em si ou não, estarei ao seu lado por toda eternidade da dubiedade e da hesitação.
Professor Ricardo Marques
A tradição, o sólido e o pesado.
Como havia prometido, tentarei fazer
alguma relação no que tange teoria e literatura, isso da maneira mais singela e
ao mesmo tempo articulada possível.
O tema desta vez faz menção ao título Modernidade Líquida do muito interessante e famoso Zygmunt Bauman.
O que podemos depreender do título supracitado é uma questão essencialmente ligada à questão muito controversa da chamada Pós Modernidade.
Há de nos lembrarmos do tempo em que a solidez era substantivo mister, não só no mundo dos negócios, mas na vida em geral e portanto, na literatura não podia ser diferente.
Aproveito para dizer que nas próximas linhas não farei nenhuma resenha do livro em questão, apenas o utilizo para nortear o caro leitor sobre qual caminho e caminhar escolhi para as minhas divagações nesse artigo em específico.
Retomando o raciocínio, a solidez, o pesado, a tradição eram os caminhos tomados por muitos no fazer poético e justamente esses caminhos foram alterados, como bem percebe Bauman, para a questão da fluidez, do líquido, do não pertencimento e assim, do não enraizamento que ele apresenta, e que, eu gostaria de abordar.
Tudo se conectava com a questão de raiz, ou melhor, de fincar raízes. A fluidez era algo pernicioso, que traria na melhor das hipóteses, uma experiência de viagem, não um reconhecimento.
No que tange a vida corriqueira de um indivíduo, tudo se baseava em quanto tempo ele era capaz de assumir tal posição o maior tempo possível, em uma empresa, em família, em suas decisões, certezas. A dúvida, a mudança eram sinais de fraquezas.
Todavia, o que podemos depreender da era Pós Moderna é justamente o oposto e na literatura, o que podemos ver, também acompanha a pós modernidade.
O fazer poético está ligado muito mais à capacidade de se deparar com o tradicional rompido, resgatado, repetido ou mutado, ou até mesmo o novo de outrora ruminado.
O fazer poético pós moderno é líquido, leve, rarefeito.
O tema desta vez faz menção ao título Modernidade Líquida do muito interessante e famoso Zygmunt Bauman.
O que podemos depreender do título supracitado é uma questão essencialmente ligada à questão muito controversa da chamada Pós Modernidade.
Há de nos lembrarmos do tempo em que a solidez era substantivo mister, não só no mundo dos negócios, mas na vida em geral e portanto, na literatura não podia ser diferente.
Aproveito para dizer que nas próximas linhas não farei nenhuma resenha do livro em questão, apenas o utilizo para nortear o caro leitor sobre qual caminho e caminhar escolhi para as minhas divagações nesse artigo em específico.
Retomando o raciocínio, a solidez, o pesado, a tradição eram os caminhos tomados por muitos no fazer poético e justamente esses caminhos foram alterados, como bem percebe Bauman, para a questão da fluidez, do líquido, do não pertencimento e assim, do não enraizamento que ele apresenta, e que, eu gostaria de abordar.
Tudo se conectava com a questão de raiz, ou melhor, de fincar raízes. A fluidez era algo pernicioso, que traria na melhor das hipóteses, uma experiência de viagem, não um reconhecimento.
No que tange a vida corriqueira de um indivíduo, tudo se baseava em quanto tempo ele era capaz de assumir tal posição o maior tempo possível, em uma empresa, em família, em suas decisões, certezas. A dúvida, a mudança eram sinais de fraquezas.
Todavia, o que podemos depreender da era Pós Moderna é justamente o oposto e na literatura, o que podemos ver, também acompanha a pós modernidade.
O fazer poético está ligado muito mais à capacidade de se deparar com o tradicional rompido, resgatado, repetido ou mutado, ou até mesmo o novo de outrora ruminado.
O fazer poético pós moderno é líquido, leve, rarefeito.
Professor
Ricardo Marques
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Poesia e prosa
Há de se ter em mente diversos caminhos, contudo, não necessariamente o caminhar é o mesmo. Há sempre muitas análises no que tange teoria e crítica literárias, e todas auxiliam nosso entendimento ou ao menos, o foco de nosso olhar.
Todavia, mesmo não sendo assim articulado o suficiente para tais análises, gostaria, através de pequenas ponderações que pretendo desenvolver ao longo dessa caminhada pelo blog, trazer à luz do debate certos caminhos e caminhar tomados não só por autores, mas também por teóricos e críticos, pois é justamente o debate e o embate que torna nosso olhar cada vez mais rico, muito embora, essa riqueza não tenha relação nenhuma com a beleza do poema ou da prosa, nem tantas outras questões que foram deveras debatidas.
Questões essas que, ao longo do nosso caminhar e em momento oportuno, serão muitas vezes levantadas e analisadas.
Para tal, escolheremos ou um autor, ou um movimento, ou uma obra, ou um poema, ou uma teoria, ou até mesmo um ensaio ou análise feita por alguém que julgarmos entendedor, para também tentar contribuir, claro sempre de maneira singela e respeitosa.
Esse blog, será um exercício articulatório e sendo assim, em breve, começaremos.
Todavia, mesmo não sendo assim articulado o suficiente para tais análises, gostaria, através de pequenas ponderações que pretendo desenvolver ao longo dessa caminhada pelo blog, trazer à luz do debate certos caminhos e caminhar tomados não só por autores, mas também por teóricos e críticos, pois é justamente o debate e o embate que torna nosso olhar cada vez mais rico, muito embora, essa riqueza não tenha relação nenhuma com a beleza do poema ou da prosa, nem tantas outras questões que foram deveras debatidas.
Questões essas que, ao longo do nosso caminhar e em momento oportuno, serão muitas vezes levantadas e analisadas.
Para tal, escolheremos ou um autor, ou um movimento, ou uma obra, ou um poema, ou uma teoria, ou até mesmo um ensaio ou análise feita por alguém que julgarmos entendedor, para também tentar contribuir, claro sempre de maneira singela e respeitosa.
Esse blog, será um exercício articulatório e sendo assim, em breve, começaremos.
Professor Ricardo Marques
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