quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ser ou não ser?

Essa pergunta, como há muito e demasiadamente investigada por muitos, reflete a indecisão do jovem príncipe Hamlet.
Na verdade, essa pergunta representa ou personifica a dubiedade, a hesitação, que tanto faz parte da natureza humana e portanto da natureza divina, visto a divindade ser nada mais nada menos do que a crença humana em algo extra-humano.
E tomando essa pergunta como base, pergunto eu, Filosofar ou não filosofar eis a questão.
Como fizera há muito a Loucura em elogio próprio, eu, a Filosofia, também peço a sua atenção.
Não importando se contemplamos ou se buscamos, ninguém chega ao Pai, senão por mim, pois eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Desde o início dos tempos, de forma rudimentar ou elaborada e refinada como os Gregos, os Alemães e tantos outros o fazem, é por mim que se vê, que se entende o mundo.
Por que você se julga digno? Por que se julga indigno? É somente por mim que poderá saber.
Ser ou não ser?
Agir ou não agir?
Calar ou não?
Amar ou não?
O caminho sou eu.
Há muito, penso em lhe dizer isso e agora chegou a hora.
Não há momento em que você não tome uma decisão antes de passar por mim.
Eu sou o diálogo, na verdade, sou o diálogo e sou seu interlocutor e assim sendo, verbalizarei tudo daqui por diante, todos seus pensamentos, suas divagações, seus medos e ponderações.
Você não mais se afastará de mim, encontre o Pai ou não, perca-se em si ou não, estarei ao seu lado por toda eternidade da dubiedade e da hesitação.

Professor Ricardo Marques

2 comentários: